“É preciso saber o que temos nas mãos”: Crespo admite diferença técnica entre São Paulo e Flamengo

Técnico argentino recomeça sua história no Tricolor com uma derrota por 2 a 0, mas confia em evolução: “Não é todo dia que vamos jogar contra o Flamengo no Maracanã”

Hernán Crespo escalou o São Paulo com três zagueiros e três volantes para enfrentar o Flamengo no Maracanã, em sua reestreia pelo clube, mas sucumbiu ao adversário e perdeu o jogo por 2 a 0.

Em entrevista coletiva, ele disse que não haveria como montar um time mais ofensivo para esse jogo.

– É preciso saber o que temos nas mãos. Se quisermos jogar assim contra o Flamengo (ofensivamente)… o Flamengo está num nível diferente neste momento. Estamos tentando construir uma situação difícil, complicada. Falei com eles hoje, contra o Flamengo, no Maracanã, talvez seja o jogo mais difícil até o final da temporada. Acho que não vai ser o mais importante.

– Aconteceu (a derrota), porque a gente tem que ser honesto, sabemos a qualidade do adversário. As pessoas tinham a ideia de jogar contra um adversário muito forte. Na minha equipe, eu queira jogar com grande intensidade e isso não aconteceu, mas vamos melhorar com certeza – projetou o técnico.

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Enquanto o adversário chegou aos 27 pontos, mantendo-se na liderança do Brasileirão, o São Paulo olha com preocupação para a parte debaixo da tabela:

– Sabemos que temos outro objetivo em relação ao Flamengo, essa é a realidade. E que temos que lutar por esse objetivo até 21 de dezembro. Se alguém achar que essa situação difícil não vai ter aceleração, nós vamos sair rapidamente. Eu espero, mas eu pretendo que o time continue trabalhando muito, trabalhando sério. Os resultados virão.

Para o futuro breve, o técnico espera um time com maior poderio ofensivo. A equipe enfrenta o Red Bull Bragantino, em Bragança Paulista, na próxima rodada, quarta-feira:

– O que eu quero é uma equipe muito mais intensa, com muito mais qualidades, muito mais ofensiva, mas jogamos contra o Flamengo, se pensas que é fácil, não pode jogar, é difícil jogar contra o Flamengo. O nível defensivo foi bom, o nível criativo nos faltou.

– A ideia é pensar no Brasileirão, em começar a fazer pontos para sair da situação desconfortável. Copa do Brasil e Copa Libertadores são sonho, é outra coisa. A prioridade é o Brasileirão, é construir uma identidade, uma chance para a próxima temporada, começar a fazer pontos. No meio dessa situação, esperar chegar ao sonho de ganhar Copa do Brasil ou Copa Libertadores. Mas neste momento, é ter foco no que podemos fazer, recuperar a equipe, lutar, disputar cada bola. E graças a Deus, não é todo dia que a gente vai jogar contra o Flamengo no Maracanã – destacou.

Veja mais trechos da coletiva:

  • Volta do Oscar

– É importante recuperar o elenco. O Oscar está de volta hoje. Estamos felizes, mas sabemos que o Oscar pode jogar em outro nível, mas é o primeiro jogo depois da lesão. A ideia é recuperar o time, ter o time com saúde.

Lucas Moura

– Sobre o Lucas, só o médico pode falar. Só nos resta rezar. Não falo de Lucas ou de outros que estão fora. Tem de falar com o médico se ele volta, falar do mercado com a direção e falo de mim, mais fácil.

  • Nível do elenco

– Acho que todos os jogadores que vestem a camisa do São Paulo sabem jogar bola. Para jogar um tipo de futebol e para jogar no São Paulo, eles têm de jogar com a bola. Eles têm coragem, mas têm de jogar com a bola. Temos de trabalhar a coordenação dos movimentos, porque não é fácil. Sim, é verdade, todas as minhas equipas jogaram com a identidade de tentar ter a bola. Queria ter a bola ainda mais do que neste jogo, ter mais intensidade quando recuperarmos a bola, calma. O primeiro jogo, temos tempo, mais 25 jogos. Mais 25 histórias novas. Temos de nos concentrar na nossa identidade. Depois veremos.

  • Gonzalo Tapia e mais reforços

– Fico feliz com qualquer reforço que chegue. Mas aqui é a direção que bate o martelo, não eu.

  • Dinenno no banco

– Para mim, não era um jogo para o Dinenno jogar. Por quê? Porque se tratava de profundidade ofensiva, penso que o Ryan ou o André Silva poderiam usar essas caraterísticas, tudo o que o Dinenno não tem. Talvez se encontrarmos uma equipe com falhas e tivermos de trazer dois laterais, o Dinenno vai ser muito útil.

Fonte: Globo Esporte

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