Em enquete promovida pela Gazeta Esportiva, os torcedores avaliaram o semestre de Wendell como “ruim”, com 40,68% do total de votos. Em segundo lugar, ficou a opção “péssimo”, que contou com 38,98% da votação. Já 16,95% dos internautas votaram em “regular”. Empatadas (1,69%), ficaram as opções “ótimo” e “bom”.
A adaptação ao futebol brasileiro, após anos atuando na Europa, parece ter sido mais lenta do que o esperado. Wendell conviveu com momentos de baixa forma e problemas físicos, como a pancada na bochecha sofrida no clássico contra o Palmeiras. Ainda assim, encerrou o semestre com dois jogos consecutivos como titular — algo inédito até então — e, diante do Fortaleza, completou 90 minutos pela primeira vez com a camisa tricolor.
Apesar da performance tímida em números ofensivos, o desempenho defensivo de Wendell foi consistente diante dos cearenses: três cortes, duas interceptações, dois desarmes e 100% de aproveitamento nos duelos pelo chão, segundo o Sofascore. O técnico Luis Zubeldía, que deixou o clube antes da pausa do calendário, chegou a elogiar publicamente o lateral, destacando o processo de adaptação ao futebol brasileiro e a confiança da diretoria na sua contratação.
No entanto, o primeiro semestre mostrou que Enzo Díaz saiu na frente. Contratado por empréstimo junto ao River Plate, o argentino rapidamente se encaixou no sistema tático são-paulino e se firmou como titular absoluto nas principais partidas do ano, mesmo com a concorrência direta de Wendell. A disputa, agora, ganha novo fôlego com a chegada de Hernán Crespo ao comando técnico da equipe.
Com a intertemporada no CT da Barra Funda e a retomada do calendário com decisões na Libertadores e na Copa do Brasil, Wendell terá a oportunidade de reescrever sua trajetória no São Paulo. Crespo deve promover uma avaliação do elenco a partir de critérios próprios, o que pode zerar a disputa na lateral esquerda. Ainda assim, o futebol consistente apresentado por Enzo Díaz até aqui deve pesar na briga por uma vaga no time titular.
O segundo semestre, portanto, será decisivo para o futuro de Wendell no Tricolor. A concorrência é dura, mas a nova comissão técnica representa uma chance de virada.